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ISSN-e: 1518-8345 | ISSN Impresso 0104-1169

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Número V23N6

De 13 a 24 de 27 itens(s).

Artigos Originais

Avaliação da autoestima em pacientes oncológicos submetidos a tratamento quimioterápico

Evaluation of self-esteem in cancer patients undergoing chemotherapy treatment

Marilia Aparecida Carvalho Leite, Denismar Alves Nogueira, Fábio de Souza Terra

Objetivo: avaliar a autoestima de pacientes oncológicos submetidos a quimioterapia. Método: estudo descritivo-analítico; transversal; quantitativo. Participaram 156 pacientes de uma unidade de oncologia de um hospital geral de médio porte. Resultados: encontrou-se maior frequência de pacientes que apresentaram autoestima alta, sendo que alguns deles apresentaram autoestima média ou baixa. A escala apresentou um valor alfa de Cronbach de 0,746, considerando-se sua consistência interna boa e aceitável para os itens avaliados. Nenhuma variável independente apresentou associação significativa com a autoestima. Conclusão: os pacientes oncológicos avaliados apresentaram autoestima alta; assim, torna-se fundamental que a enfermagem planeje a assistência dos pacientes em tratamento quimioterápico, viabilizando ações e estratégias que atendam os mesmos quanto ao seu estado físico, assim como ao psicossocial, tendo em vista a manutenção e a reabilitação de aspectos emocionais dessas pessoas.

Adolescentes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade e exposição à violência: opinião dos pais

Adolescents with attention deficit hyperactivity disorder and exposure to violence: parents’ opinion

Jaqueline Rodrigues Stefanini, Zeyne Alves Pires Scherer, Edson Arthur Scherer, Luciana Aparecida Ca...

Objetivo: identificar a opinião de pais ou responsáveis por adolescentes com diagnóstico de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade sobre a exposição desses como perpetradores ou vítimas de situações de violência, no convívio familiar ou fora desse. Método: estudo qualitativo com uso da história oral temática. Participaram 9 pais de 7 adolescentes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Os dados foram coletados de abril a setembro de 2013, utilizando-se entrevista temática. As entrevistas foram gravadas, realizadas em horários combinados nas residências dos participantes, com duração média de 30 minutos. Os achados foram submetidos à análise temática indutiva. Resultados: a análise dos dados permitiu identificar a ocorrência de “conflitos no convívio familiar” e “conflitos no contexto da escola e da comunidade”. Os pais relataram o envolvimento dos filhos como vítimas, perpetradores e testemunhas de violências físicas e psicológicas, e a dificuldade deles e da escola em entender e manejar essas situações. Conclusão: ocorre violência nas relações interpessoais dos adolescentes com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. A comunicação entre profissionais da saúde, da escola e famílias é deficiente. O enfermeiro, mediante a sistematização da assistência de enfermagem, pode planejar estratégias que articulem as redes de apoio e as relações interpessoais dos adolescentes com o transtorno (família e escola).

Desenvolvimento infantil: análise de um novo conceito

Child development: analysis of a new concept

Juliana Martins de Souza, Maria de La Ó Ramallo Veríssimo

Objetivos: realizar análise de conceito do termo desenvolvimento infantil e submeter à análise por peritos. Método: análise de conceito segundo o modelo híbrido, em três fases: fase teórica, com revisão bibliográfica; fase de campo, de pesquisa qualitativa com profissionais que atendem crianças; e fase analítica, de articulação dos dados das etapas anteriores, baseada na teoria bioecológica do desenvolvimento, com produção de nova definição para o conceito. A nova definição foi validada por peritos em um grupo focal. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: a revisão de 256 artigos, de 12 bases de dados e livros, e entrevistas com 10 profissionais, mostrou que: o conceito desenvolvimento infantil tem como antecedentes aspectos da gestação, fatores próprios da criança, fatores do contexto, destacando as relações e o cuidado à criança, e aspectos sociais; suas consequências podem ser positivas ou negativas, impactando na sociedade; seus atributos são comportamentos e habilidades da criança; suas definições contêm perspectivas maturacionais, contextuais ou ambas. A nova definição, produzida na análise e validada por nove peritos, expressa a magnitude do fenômeno e fatores não apresentados em outras definições. Conclusão: a análise de conceito gerou uma definição para as classificações de enfermagem na atenção integral à criança.

Cirurgia segura em pediatria: aplicação na prática do Checklist Pediátrico para Cirurgia Segura

Surgical Safety in Pediatrics: practical application of the Pediatric Surgical Safety Checklist

Maria Paula de Oliveira Pires, Mavilde L. G. Pedreira, Maria Angélica Sorgini Peterlini

Objetivos: avaliar a aplicação na prática do Checklist Pediátrico para Cirurgia Segura no período pré-operatório e verificar a satisfação da família quanto ao uso do material. Método: estudo exploratório, no qual se visou analisar o uso do checklist por crianças que seriam submetidas a intervenções cirúrgicas, sendo a amostra constituída por 60 crianças pré-escolares a adolescentes e 60 familiares. As variáveis relacionaram-se à caracterização demográfica, preenchimento do checklist e satisfação dos familiares, sendo avaliadas por meio da análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: a maioria (71,7%) das crianças era do sexo masculino, com mediana de idade de 7,5 anos. Identificou-se consecução do checklist em 65,3% dos itens, 30,0% não foram preenchidos devido à não execução da equipe e 4,7% por motivos das crianças e familiares. Na análise de associação, verificou-se que o item da retirada de adornos (p=0,008) foi mais checado por crianças com maior média de idade. Quanto à satisfação, os familiares avaliaram o material como ótimo (63,3%) e bom (36,7%) e acreditaram que houve redução de ansiedade na criança (83,3%). Conclusão: o uso do checklist na prática clínica pode colaborar para mudanças nos serviços de saúde com relação à cultura de segurança e promover satisfação dos clientes.

O adoecimento de mulheres e homens com anemia falciforme: um estudo de Grounded Theory

The illness of women and men with sickle cell disease: a Grounded Theory study

Rosa Cândida Cordeiro, Silvia Lúcia Ferreira, Ane Caroline da Cruz Santos

Objetivo: compreender os significados atribuídos por mulheres e homens com anemia falciforme sobre a experiência do adoecimento. Método: trata-se de estudo analítico, com abordagem qualitativa, conduzido com 17 pessoas adultas com anemia falciforme, tendo a Teoria Fundamentada nos Dados, ou Grouded Theory, como referencial teórico-metodológico. Os dados foram coletados, entre os anos 2012 e 2013, em entrevista individual em profundidade. Todas as entrevistas foram gravadas e analisadas, segundo a técnica de análise comparativa da Grounded Theory. Resultados: os dados revelam quatro categorias que agrupam a experiência do adoecimento, os sentimentos vivenciados e a trajetória para o convívio com a anemia falciforme. Conclusões: foi possível compreender que a experiência é construída por um processo onde essas pessoas são capazes de ressignificar, imprimir novos rumos à vida e ao cuidado na experiência do adoecimento. O atendimento da enfermeira, no contexto da doença crônica, é visto também nesse estudo como alicerce, que dá atenção, orienta e conduz nos enfrentamentos necessários. A compreensão da experiência vivenciada por essas pessoas possibilita ampliar as dimensões e a essência do cuidado de enfermagem que são demandados ao longo da vida.

Associação das variáveis socioeconômicas e clínicas com o estado de fragilidade entre idosos hospitalizados

Association of socioeconomic and clinical variables with the state of frailty among older inpatients

Darlene Mara dos Santos Tavares, Isabella Danielle Nader, Mariana Mapelli de Paiva, Flavia Aparecida...

Objetivos: identificar a prevalência de fragilidade entre idosos internados em um Hospital de Clínicas e verificar a associação das características socioeconômicas e clínicas com o estado de fragilidade. Método: estudo observacional, analítico e transversal, conduzido com 255 idosos hospitalizados. Utilizaram-se: instrumento estruturado para os dados socioeconômicos e clínicos e fenótipo de fragilidade de Fried. Realizou-se análise estatística descritiva e bivariada, por meio dos testes quiquadrado e ANOVA One-way (p<0,05). Resultados: a prevalência de fragilidade correspondeu a 26,3%, enquanto a pré-fragilidade representou 53,3%. Constatou-se maior proporção de idosos frágeis com 80 anos ou mais (p=0,004), viúvos (p=0,035) e com maior média de dias de internação (p=0,006). Conclusão: idosos internados apresentaram elevados percentuais dos estados de fragilidade associados às variáveis socioeconômicas e tempo de internação. A identificação das condições de saúde relacionadas à pré-fragilidade e fragilidade pode favorecer o planejamento e implementação da assistência ao idoso neste contexto.

Coorte de idosos institucionalizados: fatores de risco para queda a partir do diagnóstico de enfermagem

Cohort study of institutionalized elderly people: fall risk factors from the nursing diagnosis

Karine Marques Costa dos Reis, Cristine Alves Costa de Jesus

Objetivo: conhecer a incidência de quedas em idosos residentes de instituições de longa permanência do Distrito Federal, identificar os aspectos que envolvem as quedas, quanto aos fatores de risco, a partir da aplicação de escalas e da Taxonomia II da NANDA-I e definir o nível de acurácia com sua sensibilidade e especificidade para aplicação na prática clínica do enfermeiro. Método: trata-se de uma coorte com avaliação de 271 idosos. Cognição, funcionalidade, mobilidade e outros fatores intrínsecos foram avaliados. Após seis meses, identificaram-se os idosos que apresentaram queda, realizando então análise de significância para definir os fatores de risco. Resultados: os resultados mostraram incidência de 41%, nos quais, dos 271 idosos avaliados, houve 69 idosos com 111 episódios de quedas no período de acompanhamento. Os fatores de risco foram a presença do acidente vascular encefálico com suas sequelas (OR: 1,82, IC 95% 1,01-3,28 e p=0,045), apresentar mais de cinco doenças crônico-degenerativas (OR: 2,82, IC 95% 1,43-5,56 e p=0,0028), problema nos pés (OR: 2,45, IC 95% 1,35-4,44 e p=0,0033) e marcha (OR: 2,04, IC 95% 1,15-3,61 e p=0,0145). Conclusão: a taxonomia tem ampla validade quanto à detecção do idoso com risco de queda, devendo ser aplicada constantemente na prática clínica do enfermeiro.

Relação entre competência, usabilidade, ambiente e risco de quedas em idosos

Connection between competence, usability, environment and risk of falls in elderly adults

José Alex Leiva-Caro, Bertha Cecilia Salazar-González, Esther Carlota Gallegos-Cabriales, Marco Vi...

Objetivo: determinar a relação entre competência, usabilidade e ambiente com risco de quedas em idosos. Método: estudo descritivo correlacional, incluindo 123 homens e mulheres idosos de 70 anos para mais. Os dados foram coletados com os instrumentos Escala de Tinetti, Escala CESD-7, Avaliação Cognitiva Montreal, Questionário de Usabilidade na Moradia e Housing Enabler; e um instrumento de coleta de dados para antecedentes sociodemográficos e de saúde. Para a análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva e inferencial, em que foram ajustados modelos lineares multivariados e de regressão logística. Resultados: 42,0% dos idosos apresentaram quedas, sendo maior a prevalência nas mulheres e no grupo de 70-75 anos. Como risco de quedas, foram encontrados o ambiente físico da moradia, caminhada e usabilidade. Encontrou-se relação negativa entre usabilidade com sintomas depressivos, saúde cognitiva, equilíbrio, caminhada, ambiente social e físico p<0,05; e forte correlação positiva entre caminhada e equilíbrio p<0,05. Conclusão: o estudo contribui para melhor compreensão formal do fenômeno das quedas ao encontrar relação entre a usabilidade com o risco de quedas, e com outras variáveis que se relacionam com as quedas.

Hipertensão Arterial Sistêmica no Serviço de Emergência: adesão medicamentosa e conhecimento da doença

Systemic Arterial Hypertension in the Emergency Service: medication adherence and understanding of this disease

Cássia Regina Vancini-Campanharo, Gabriella Novelli Oliveira, Thaisa Fernanda Landim Andrade, Meiry...

Objetivo: identificar o perfil epidemiológico, o conhecimento sobre a doença e a taxa de adesão ao tratamento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica, internados no serviço de emergência. Métodos: estudo transversal, realizado com 116 pacientes internados no Serviço de Emergência de um Hospital Universitário, de ambos os gêneros e idade superior a 18 anos, no período de março a junho 2013. As variáveis pesquisadas foram os dados sociodemográficos, comorbidades, atividade física e conhecimento sobre a doença. A adesão do paciente ao tratamento e a identificação das barreiras foi avaliada pelo teste de Morisky e Brief Medical Questionnaire, respectivamente. Resultados: a maioria dos pacientes era de mulheres (55%), cor da pele branca (55%), casados (51%), aposentados ou pensionistas (64%) e com baixa escolaridade (58%). A adesão ao tratamento, na maioria das vezes (55%), foi moderada e a barreira de adesão mais prevalente foi a de recordação (67%). Quando a aquisição de medicamento era integral, houve maior adesão ao tratamento. Conclusão: os pacientes deste estudo apresentaram moderado conhecimento sobre a doença. A alta correlação entre o número de fármacos utilizados e a barreira de recordação sugere que a monoterapia seja uma opção para facilitar a adesão ao tratamento, para diminuir a taxa de esquecimento.

Tendência da morbimortalidade associada à hipertensão e diabetes em município do interior paulista

Hypertension and diabetes-related morbidity and mortality trends in a municipality in the countryside of São Paulo

Andreia Francesli Negri Reis, Juliana Cristina Lima, Lucia Marinilza Beccaria, Rita de Cassia Helú ...

Objetivo: identificar o perfil epidemiológico, o conhecimento sobre a doença e a taxa de adesão ao tratamento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica, internados no serviço de emergência. Métodos: estudo transversal, realizado com 116 pacientes internados no Serviço de Emergência de um Hospital Universitário, de ambos os gêneros e idade superior a 18 anos, no período de março a junho 2013. As variáveis pesquisadas foram os dados sociodemográficos, comorbidades, atividade física e conhecimento sobre a doença. A adesão do paciente ao tratamento e a identificação das barreiras foi avaliada pelo teste de Morisky e Brief Medical Questionnaire, respectivamente. Resultados: a maioria dos pacientes era de mulheres (55%), cor da pele branca (55%), casados (51%), aposentados ou pensionistas (64%) e com baixa escolaridade (58%). A adesão ao tratamento, na maioria das vezes (55%), foi moderada e a barreira de adesão mais prevalente foi a de recordação (67%). Quando a aquisição de medicamento era integral, houve maior adesão ao tratamento. Conclusão: os pacientes deste estudo apresentaram moderado conhecimento sobre a doença. A alta correlação entre o número de fármacos utilizados e a barreira de recordação sugere que a monoterapia seja uma opção para facilitar a adesão ao tratamento, para diminuir a taxa de esquecimento.

Resposta da pessoa doente alcoólatra frente à sua doença: perspectivas de pacientes e familiares

Alcoholic patients’ response to their disease: perspective of patients and family

Joaquín Salvador Lima-Rodríguez, María Dolores Guerra-Martín, Isabel Domínguez-Sánchez, Marta ...

Objetivos: conhecer as perspectivas de pessoas doentes alcoólatras e familiares sobre as características do comportamento da doença, identificando as dificuldades para modificar o comportamento aditivo e motivar a recuperação. Método: pesquisa etnográfica baseada na antropologia interpretativa, mediante observação participante e entrevista em profundidade com as pessoas doentes alcoólatras e seus familiares, membros dos Alcoólicos Anónimos e Al-anon, na Espanha. Resultados: o desenvolvimento do comportamento da doença no alcoolismo é complexo, dadas as dificuldades para interpretar o modelo de consumo como sinal de doença. Usualmente, as pessoas doentes permanecem por longos períodos de tempo na etapa de pré-contemplação, atrasando a demanda de assistência, a qual costuma chegar sem a aceitação da doença pela própria pessoa doente. Isso dificulta a recuperação e relaciona-se à consideração social do alcoolismo e à auto estigma em alcoólatras e familiares, levando-os a negar a doença, a condição de doente e a ajuda. O trabalho dos grupos de ajuda mútua e a implicação dos profissionais da saúde são fundamentais para sua recuperação. Conclusão: conhecer o desenvolvimento do comportamento da doença e o processo de mudança do comportamento aditivo pode ser útil para as pessoas doentes, familiares, e profissionais da saúde, permitindo-lhes atuar de forma específica em cada etapa.

Uso de drogas, saúde mental e problemas relacionados ao crime e à violência: estudo transversal

Drug use, mental health and problems related to crime and violence: cross-sectional study

Heloísa Garcia Claro, Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira, Janet Titus Bourdreaux, Ivan Filipe d...

Objetivo: verificar a correlação entre os transtornos relacionados ao uso de álcool e outras drogas e sintomas de transtornos mentais, problemas relacionados ao crime e à violência e à idade e ao gênero. Métodos: estudo descritivo transversal, realizado com 128 usuários de um Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas, da cidade de São Paulo, entrevistados por meio do instrumento Avaliação Global das Necessidades Individuais – Rastreio Rápido. Realizaram-se modelos de regressão linear univariados e múltiplos para verificar a correlação entre as variáveis. Resultados: nos modelos de regressão univariados, sintomas de internalização, externalização e problemas relacionados a crime/violência mostraram-se significantes e foram incluídos no modelo múltiplo, em que apenas os sintomas de internalização e problemas relacionados ao crime e à violência permaneceram significantes. Conclusões: há correlação entre a gravidade dos problemas relacionados ao uso de álcool e a gravidade de sintomas de saúde mental e crime e violência na amostra estudada. Os resultados enfatizam a necessidade de um caráter interdisciplinar e intersetorial da atenção ao usuário de álcool e outras drogas, uma vez que estão inseridos em ambiente de vulnerabilidade social.